quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A cultura como arte e a falta de cultura (e boa vontade) dos gestores locais

No próximo 15 de outubro, no Theatro Municipal, estreará a peça "Paris..." , em São João da Boa Vista.

Mas será que a prefeitura local, tem a mínima noção do tamanho deste espetáculo?

Acho que não...

Para mais informações, acesse a notícia no site da Editora 3 de outubro.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Convívio com animais fortalece sistema imunológico e reduz estresse

Este post é uma saudação à um antigo 'amigo (*¨(*@#(#@% da p!@#$%#%#@$) , quando escrevi em meu antigo blog (jaac.zip.net) algo sobre o comportamento animal.
 
A convivência com animais de estimação pode contribuir não só para o bem-estar psicológico, mas também para a prevenção e tratamento de várias patologias. A conclusão tem como base a revisão de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, realizado por pesquisadores do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades. Os cientistas destacam, por exemplo, a melhora da imunidade de crianças e adultos, a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. O objetivo do mapeamento, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), era enfatizar informações relevantes e pouco conhecidas sobre os benefícios sociais, psicológicos e físicos na relação entre o homem e o animal.

De acordo com o levantamento, as vantagens independem da idade. Os pesquisadores da USP citam, por exemplo, um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães. Certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em crianças de um ano quando expostas precocemente à presença de um cão. Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. “Também foi observada a redução de rinites alérgicas por volta dos 4 anos e dos 6 aos 7, devido à redução da imunoglubina E, um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma. De acordo com a pesquisa ainda há resistência de pessoas com filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de famílias com crianças até 9 anos. Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. “Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona”, explica Carine.

            Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos e outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente. Já no controle de hipertensão arterial, os estudos também apontam benefícios. Profissionais que viviam em condições de estresse e faziam controle do problema com medicação foram divididos em dois grupos: os que tinham cachorro ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, foi constatado que as taxas de pressão sanguínea diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães. Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais.

Fonte:
http://blogdamentecerebro.blog.uol.com.br/arch2010-07-11_2010-07-17.html#2010_07-13_19_11_30-11592250-0

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Teorias de conspiração incitam terrorismo mundial

Li esta coluna no Estadão, e vou compartilhá-la com vocês.
Conspirações e Bruxarias
Texto de Carlos Orsi.

O centro de estudos (“think tank”) britânico Demos lançou um relatório chamado The Power of Unreason (”O Poder da Irracionalidade”) onde analisa o papel das teorias conspiratórias na formação e atuação  de grupos terroristas.
O trabalho conclui que, embora não seja possível ligar diretamente o pensamento conspiratório ao extremismo ou tratá-lo como “causa imediata da violência”, ele ajuda a manter grupos radicais unidos e a empurrá-los na direção a atos cada vez mais desesperados. Isso se dá de três maneiras:
1. Ao criar uma “demonologia do outro”, que define o inimigo e, por tabela, define a própria identidade do grupo radical (que é o conjunto daqueles que se opõem ao “demônio”);
2. Deslegitima as dúvidas quanto à causa e os apelos à ação moderada, lançando sobre seus autores a pecha de agentes ou inocentes úteis a favor da conspiração; e
3.  Oferece ao grupo um quadro retórico onde ações violentas podem ser justificadas como passos necessários para “acordar” o público para  a presença do inimigo.
O relatório destaca ainda a inutilidade de governos tentarem combater teorias conspiratórias — já que qualquer ação governamental será interpretada como um ato da própria conspiração.
É uma típica situação de “par eu ganho, ímpar você perde”: se o governo ignora as denúncias de que há uma conspiração, ou se as desmente, tanto faz: ambas as posições são sinais de que o establishment foi dominado pelos conspiradores.
O Demos sugere que a única coisa que as autoridades podem fazer é agir com cada vez mais transparência, e que o combate ao conteúdo específico da teoria da conspiração deve ser empreendido por meio da sociedade civil e do estímulo ao pensamento racional e crítico, via sistema educacional.
E falando em pensamento crítico, educação e sociedade civil, uma recente pesquisa Gallup mostra que a crença em bruxaria está disseminada na África subsaariana. A média de crentes em bruxos e feiticeiros, sortilégios e maldições na região é de 55%, indo de 15% em Uganda a 95% na Costa do Marfim.
Não se trata, como alguém poderia imaginar, de uma inocente peculiaridade cultural.
Como o filósofo e matemático William Clifford já havia destacado em seu polêmico ensaio de 1877, A Ética da Crença,  seres humanos baseiam as decisões que tomam nas crenças que sustentam.
No caso da crença africana em bruxaria, o resultado tem sido ondas de assassinatos, linchamentos e mutilações, tendo como vítimas supostos bruxos ou pessoas que, por contarem alguma característica especial — como os albinos — vêm membros e órgãos e seus corpos serem cobiçados para a realização de rituais, numa versão ainda mais grotesca das práticas de “medicina tradicional” que ajudaram a levar tigres e rinocerontes à beira da extinção.

fonte: http://blogs.estadao.com.br/carlos-orsi/2010/09/01/conspiracoes-e-bruxarias/